Vou perdoar-te já que ninguém perdoa.
Te arrebatar e te tornar só minha.
E vou amar esse teu jeito à toa.
E nunca mais te deixarei sozinha.
Vou mastigar essa tua carne impura.
Beber teus sucos, devorar teu sumo.
Esse maná que minha alma cura.
Banquete eterno para o meu consumo.
Vou venerá-la santa leviana.
Dobrar os joelhos à sua realeza.
Sorver o caldo que de tua alma emana.
Embriagar-me em tua impureza.
Vou atirar-me em teu precipício.
Buscando o gozo que nunca tem fim.
Em teus prazeres encontrar meu suplício.
Valha-me Deus, o que será de mim...