Flores de domingo

Cruz e Araujo

Segunda- feira, acorda.

Um copo de café reabilita a consciência.

Terça-feira, acorda.

Estamos na segunda marcha.

Quarta-feira, acorda.

Não precisa mais de analgésicos.

Quinta- feira, acorda.

O sol queima a pele e frita os olhos.

Sexta-feira, acorda.

O suspiro alivia a dor nas costas

Sábado, acorda.

O sistema trava às 15:00 horas.

Domingo, dorme.

As flores me chamam de meu bem

E pedem para brincar com elas.

Rodopia.

Segunda, levanta.

O tapa na cara ativa as propriedades físicas do corpo.

 

Terça, levanta.

As bolhas começam a surgir nas mãos.

Quarta, levanta.

As bolhas estouraram.

Quinta, levanta.

O almoço é o mesmo de ontem.

Sexta, levanta.

A respiração rápida faz arrastar montanhas.

Sábado, levanta.

O maximizador está operando a máquina de papel

Domingo, levanta.

As flores estão quietas, não precisam da minha ajuda.

Caio.

 

 

  • Autor: Cruz e Araujo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de dezembro de 2022 07:41
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 10


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.