Misteriosamente vastidão

Gustavo Cunha

Canarinho canta na janela.
 
Afugentando a solidão.
 
Ah, canarinho... Só tu bem sabes como ninguém alegrar o meu pobre coração.
 
Canta, canta passarinho,
 
Que o teu canto é libertação.
 
Das agruras deste dia
 
E das lamúrias da estação.
 
As horas aladas desta vida,
 
Carregaram-na para longe...
 
Para um mundo tão distante,
 
Onde a dor é vaga, mas excruciante.
 
Sem ela, agora, aqui, nada mais é como era dantes.
 
No fim, resta-me apenas, tu, ó canarinho
 
E a constante percepção,
 
De que tudo nesta vida,
 
Misteriosamente é vastidão.
  • Autor: Gustavo Cunha (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de novembro de 2022 00:08
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5


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