Sentados à mesa
comem sonhos
raspando cada migalha
Vivem de esperanças não realizadas
Bebem o suor de cada dia
com um gosto de labuta, exploração e revolta
Dormem cansaço exaustão
sonham pedaços de vida
cacos de amor e satisfação
Se perdem acordados
Afogam-se no suor
se calam sufocados
Tropeçam na vida
se cortam nos sonhos
nos cacos de amores estilhaçados
JK - Belo Horizonte,, 19 de agosto de 1989
Idael Christiano de Almeida Santa Rosa
- Autor: Santa Rosa ( Offline)
- Publicado: 26 de novembro de 2022 20:10
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 9
Comentários1
Gostei do uso das metáforas e antiteses originais. Capturastes no poema o lusco,_ fusco da vida. Aplausos!
grato. Seu comentário sobre o lusco fusco coincide com o ambiente imaginado da criação do poema, uma casa modesta iluminada pela luz bruxuleante de uma lampirana à querosene
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