Poema arboral

Gustavo Cunha

A árvorezinha balança...
 
Tremula em meio as lufadas impetuosas do vento;
 
Tal qual uma bandeira, ela brande.
 
Toda agitada,
 
Irriquieta-se.
 
Esforça-se a fim de não ceder,
 
Sozinha no campo, 
 
A pobrezinha...
 
Talvez calmamente à espera do momento do viscejo.
 
Entretanto, o outono,
 
Improfícua temporada,
 
Com a sua potência dezarrazoada,
 
Teima em a impedir.
 
A árvorezinha, então, na sua imobilidade ínscia, 
 
De natureza de árvore, altiva,
 
Com seus altos ramos frondosos,
 
Roga gentilmente ao vento:
 
"Mais paciência, filho Eólico!
 
Afinal, este mesmo tempo que te trouxeste,
 
A soprar solenemente as minhas folhas,
 
A ferir tão desalmadamente as minhas raízes,
 
É o mesmo tempo que, infalível, te levarás embora."
  • Autor: Gustavo Cunha (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de novembro de 2022 00:04
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9
  • Usuários favoritos deste poema: DAN GUSTAVO
Comentários +

Comentários2

  • DAN GUSTAVO

    Lindo, lindo, lindo... fantástica essa sua interação com a natureza em forma de tão linda poesia! As árvores, as montanhas, rios, o mar e o próprio céu... tudo isso são obras divinamente inspiradas de nosso Criador, o Poeta dos Poetas(com todo o respeito!) Um bom dia, xará!

    • Gustavo Cunha

      Muito obrigado pelas palavras, xará!

    • Natasha Leite

      Linda poesia...
      Tenho o costume de estar sempre ao redor das árvores, além de renovar as minhas energias, elas me passam tranquilidade.
      Parabéns poeta Gustavo Cunha

      • Gustavo Cunha

        Muito obrigado, meu bem! Até breve!



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