A paisagem se estende infinitamente pelo horizonte;
Seca e agreste.
Num amarelo bucólico e lugente que devora insaciável a esperança árida e infecunda.
Dentre as árvores estéreis,
O eflúvio que exala do ar glacial é acre e sufoca-se a si mesmo diante das vicissitudes da hora.
Os olhos, monos, pálidos e ocos, denunciam o limiar da exaustão iminente.
Os versos esfriaram,
As rimas já não flamejam mais,
A poesia enveredou-se pr'outros mundos.
Talvez em busca de mãos mais cálidas.
O que fica é a saudade.
Qual num vaso vazio.
A terra negra.
O solo frio.
Onde se plantam flores mortas que se desfazem com o pensamento.
- Autor: Gustavo Cunha ( Offline)
- Publicado: 21 de novembro de 2022 00:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários1
Belo poema. Até breve!
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