Arcanjo

A moça e o vilão

Como poderia eu,

 

uma simples moça sem vivência,

 

cogitar que tu mentias tão naturalmente olhando nos meus olhos,

 

janelas das quais outrora tu viste a minha alma,

 

e contemplava a beleza da melancolia

 

que eles marejados exprimiam?!

 

Como poderia eu, tão ingênua,

 

conjecturar que a boca que sussurrava palavras açucaradas,

 

expelia, igualmente, inverdades tão amargas quanto o benzoato de denatônio,

 

presente na bateria do controle remoto

 

que ligava o rádio do carro,

 

donde outrora,

 

tocava Vienna de Billy Joel,

 

canção a qual confiei aos teus ouvidos desacertadamente?!

 

Ora,

 

Não havia razões para duvidar, sendo teus olhos e boca convincentes e hábeis na arte da farsa.

 

Pois,

 

Não havia como pressupor, visto que eu era somente uma moça tola, e tu um vilão!

 

 

  • Autor: Arcanjo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Novembro de 2022 17:33
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema de confusão, para qualquer pessoa que já esteve em momentos de confusão mental.
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 16
  • Usuário favorito deste poema: Arcanjo.

Comentários1

  • Poesia, Eu Sou iamai

    Muito bom, bem amarrado e encadeado.
    Bravo!!!

    Manda mais!



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