roeu nas mãos
a luta
garra por garra
a solidão anda acompanhada
de seus destroços
afiados sobraram os dentes
cheios de guerra
é um múltiplo de nada
zero absoluto
o timbre do silêncio
mastigado
fona a tessitura
exata
onde uma língua devorou
da outra
o grito de cada palavra
eu não sei o abraço
o quieto dos ossos
tudo range em mim
sou portas de nada
- Autor: Vancourt (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 27 de outubro de 2022 10:57
- Comentário do autor sobre o poema: escrevi ele há algum tempo, é parte de um conjunto de poemas que respondem a um mesmo subtítulo (circuito sintático), o qual pertence a sessão "Língua periférica". Isso é, isso se esse livro algum dia sair da gaveta.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 9
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