Enquanto sopra o vento norte
Vendo os caules vergarem na planície
Tirando de si mesmos resistencias mil
Me guardo na capela ansiando ver o azul
Também as águas que correm nos rios, acalmadas
Certo é que as nuvens mudam de lugar!
Agora aqui dentro, as paredes criam espaços
De um lado ao outro os passos são poucos
Mas os pés querem andar sobre as cordilheiras
Onde o chão é vasto com seus relevos diferentes
Agora, o melhor é ficar vendo por trás da janela
Tendo o coração pulsando com muita vontade
Conservando os desejos d'um menino inocente
Dormindo à sonhar colhendo uvas do pomar
Pisando no barro macio da terra depois da chuva
Combinando cânticos com os passarinhos
Sentado à beira da Rocha grande vendo o céu
O tempo parece convidar a saber de si mesmo
Impõe seus poderes por sobre as paisagens
Retira da ótica cores que sempre fazem bem
Troca a inquietude do já, pela paciência do depois
Mas sim! Há ventos que soprarão para o sul
Onde as flores se equilibram sem nenhum esforço
Mostram suas belezas em campos largos, abertos
Colocam todos sob um céu azul infindo infinito
Transformam prisioneiros da agonia, em caminhantes alegres e libertos.
Cláudio Reis
- Autor: Claudio Reis ( Offline)
- Publicado: 24 de outubro de 2022 00:51
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários2
Poema inspirador. Parabéns
Gratidão amigos poetas!
A tessitura epico_ terrena de teu poema,com teu selo de qualidade se projeta como as águas de um rio onde matamos nossa sede. Aplausos!
Seu comentário é mais que um comentário, é um poema em versos livres que enaltece a mais modesta criação!
Poetisa querida, abraços.
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