... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

(Chiaroscuro)



"Qualquer coisa de obscuro permanece"

Na poesia torpe que escreve a tristura

Na sombra de uma lágrima rude e dura

No opaco que uma desventura refece

 

“Aranha absurda que uma teia tece”

Que fia a desilusão de uma amargura

Em uma trama duma ressentida figura

Com a sensação em sua amorfa messe

 

"Mas, vinda dos vestígios da distância"

Essa saudade que o peito muito sente

Suspira forte, vestígios de importância

 

"Remiu-se o pecador impenitente"

Dessa dor que na alma é constância

Indigente, “chiaroscuro”, persistente...

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

09 outubro, 2022, 15’11” – Araguari, MG

parceria com Fernando Pessoa

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Comentários1



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.