\"Qualquer coisa de obscuro permanece\"
Na poesia torpe que escreve a tristura
Na sombra de uma lágrima rude e dura
No opaco que uma desventura refece
“Aranha absurda que uma teia tece”
Que fia a desilusão de uma amargura
Em uma trama duma ressentida figura
Com a sensação em sua amorfa messe
\"Mas, vinda dos vestígios da distância\"
Essa saudade que o peito muito sente
Suspira forte, vestígios de importância
\"Remiu-se o pecador impenitente\"
Dessa dor que na alma é constância
Indigente, “chiaroscuro”, persistente...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 outubro, 2022, 15’11” – Araguari, MG
parceria com Fernando Pessoa
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