... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

(Chiaroscuro)

\"Qualquer coisa de obscuro permanece\"

Na poesia torpe que escreve a tristura

Na sombra de uma lágrima rude e dura

No opaco que uma desventura refece

 

“Aranha absurda que uma teia tece”

Que fia a desilusão de uma amargura

Em uma trama duma ressentida figura

Com a sensação em sua amorfa messe

 

\"Mas, vinda dos vestígios da distância\"

Essa saudade que o peito muito sente

Suspira forte, vestígios de importância

 

\"Remiu-se o pecador impenitente\"

Dessa dor que na alma é constância

Indigente, “chiaroscuro”, persistente...

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

09 outubro, 2022, 15’11” – Araguari, MG

parceria com Fernando Pessoa

 

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