São tão frágeis as mãos dessa senhora,
E os olhos são dois bosques em neblinas,
Onde nascem as lembranças de outrora,
No silêncio das horas matutinas.
Mãos em prece de quem no claustro chora,
São as tuas como asas pequeninas,
Que carregam sobre a palma na aurora
A alvura dessas horas cristalinas.
Humildes e ao mesmo tempo formosas,
De rainhas não são, nem de princesas,
Teus dedos que são pétalas de rosas...
Acarinhar-me, sinto-lhes, frementes,
Pelas noites de pálidas tristezas
Fechando as minhas pálpebras dormentes.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 20 de outubro de 2022 21:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários3
Da pra sentir o calor das mãos dela enquanto leio, essa é uma bela despedida
Grato pelo comentário.
Lindo, lindo! Parabéns!
Obrigado!
Singela e terno poema, que alcança o coração. Lindo e calmo.
Perfeito!!!
Obrigado.
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