Thiago R

É uma estrada de alvuras...

É uma estrada de alvuras e lamentos,

De sombras e luares esquecidos...

Onde jazem os dias nevoentos,

Em lívidas mortalhas, fenecidos. 

 

Quando fores levada pelos ventos,

E deixares teus sonhos carcomidos,

Serás como a névoa dos conventos,

Uma folha a vagar nos tempos idos. 

 

E tantas vezes que sorriste, ó alma,

Contemplando, almos anoiteceres,

Que traziam-te a lua assim tão calma...

 

És tu como a lembrança que nasceste,

De um sino solitário a plangeres,

Que pela noite desapareceste. 

 

Thiago Rodrigues 

  • Autor: Thiago R (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Outubro de 2022 18:57
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.