É uma estrada de alvuras e lamentos,
De sombras e luares esquecidos...
Onde jazem os dias nevoentos,
Em lívidas mortalhas, fenecidos.
Quando fores levada pelos ventos,
E deixares teus sonhos carcomidos,
Serás como a névoa dos conventos,
Uma folha a vagar nos tempos idos.
E tantas vezes que sorriste, ó alma,
Contemplando, almos anoiteceres,
Que traziam-te a lua assim tão calma...
És tu como a lembrança que nasceste,
De um sino solitário a plangeres,
Que pela noite desapareceste.
Thiago Rodrigues