Não diga mais que me ama,
Pois posso ver em teus olhos,
Que seu amor é tão puro e pleno que eu jamais duvidaria,
Amor, não me ame tanto,
Sei que nossos risos nos tiram a voz,
E o nosso pranto nos dá o grito,
Grito que passa, ecoa, fere e esquece o afeto,
E eu que sempre fui silêncio mudo,
Diante ao seu amor absoluto, canto a você e ao mundo,
Para que nasça cada vez mais novos dias,
Para que eu possa te amar e sentir.
Diante ao seu amor, que vem como o sol; nasce, vive e brilha,
Eu me ponho a sentir e nunca questionar,
Porém meu bem,
Eu, ser incerto e inconstante,
Quero viver seu amor como se vive a vida,
E para a vida se precisa de respostas, ainda que não hajam dúvidas,
Ainda que a resposta se possa ver com os olhos:
Quando a morte me encontrar,
E eu ainda estiver com peito inundado de sonhos,
Você vai morrer por mim?
Quando o amor secar,
E de nós existir apenas a nostalgia amarela,
Serei para você um como tantos? Ou dos tantos o único que com você foi um?
Quando a noite pintar o céu eternamente,
E já não mais houver luz que ilumine os nossos caminhos,
Ainda seguirá ao meu lado mesmo que o destino seja a sombra daquilo que poderíamos ter sido?
Quando o tempo passar e me tirar a sanidade,
Ainda me amará loucamente ou apenas pela pena que se tem aos loucos?
E se por acaso seu deus e sua esperança se provarem inexistentes,
Para você, será o nosso amor uma verdade perdida ou uma mentira que valeu ser vivida?
Mas se acaso eu morrer amor,
Reze por mim,
E para que eu te encontre mais uma vez,
Pois se o sentido da vida é a morte,
O sentido da morte tem de ser o amor….
E quando eu já não mais existir e nem ser,
Você ainda vai me amar?
Se sim, quem?
- Autor: Pedro Castro ( Offline)
- Publicado: 15 de outubro de 2022 14:32
- Categoria: Amor
- Visualizações: 9
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