Se tomo atitude, e tenho virtude,
isso, um tanto, consola.
Se fico inquieto, e torno incerto,
isso, meio que, isola.
Se sei o que sei, não é pela lei,
isso é, um tanto, verdade.
Se nego o que sei, e não temerei,
isso é, bastante, vaidade.
Enquanto a tristeza galopa,
a vontade entra em ação,
e ao acostumar se topa,
tornando-se solidão.
A soberba é, sempre, ligeira,
e consome, rapidamente, o saber,
tendo como escudo, bandeira,
contestar, impiedosamente, o conhecer.
E, debaixo de um quieto,
faz germinar a velhacaria,
tendo como real objeto,
o descrédito da sabedoria.
Mas, sabedoria não se confronta,
intrínseca, ela se revela,
não como a cruciante tristeza,
que, na solidão, se encela.
Olhe firme, fixe nos olhos,
deixe o brilho sobressair,
amorize, deslinde seu coração,
permita, inesitante, se descobrir.
E, se pra tudo tem jeito,
abdique-se, de vez, da antinomia,
não condicione o garboso sorriso,
deixe estampar a sublime alegria.
Assim, toda virtude se resume,
numa sabedoria, mais que plena,
mostrando que a solidão só se ata à tristeza,
quando a alma fraqueja e se apequena.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 6 de outubro de 2022 16:23
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema é em homenagem a uma amiga minha (Dayane) cujo título tirei de um comentário dela ao analisar um dos meus poemas. Pode até ser que não haja uma relação tão condicional entre o título extraído do comentário feito por ela, mas, com certeza, este poema tem um "pedacinho" de comprazimento quando da inspiração evocada. Mais ou menos assim, eu acho!!!
- Categoria: Não classificado
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