VIRTUDES DE SABEDORIA OU TRISTEZA DA SOLIDÃO - (?!:*#”)

Marcelo Veloso

Se tomo atitude, e tenho virtude,

isso, um tanto, consola.

Se fico inquieto, e torno incerto,

isso, meio que, isola.

 

Se sei o que sei, não é pela lei,

isso é, um tanto, verdade.

Se nego o que sei, e não temerei,

isso é, bastante, vaidade.

 

Enquanto a tristeza galopa,

a vontade entra em ação,

e ao acostumar se topa,

tornando-se solidão.

 

A soberba é, sempre,  ligeira,

e consome, rapidamente, o saber,

tendo como escudo, bandeira,

contestar, impiedosamente, o conhecer.

 

E, debaixo de um quieto,

faz germinar a velhacaria,

tendo como real objeto,

o descrédito da sabedoria.

 

Mas, sabedoria não se confronta,

intrínseca, ela se revela,

não como a cruciante tristeza,

que, na solidão, se encela.

 

Olhe firme, fixe nos olhos,

deixe o brilho sobressair,

amorize, deslinde seu coração,

permita, inesitante, se descobrir.

 

E, se pra tudo tem jeito,

abdique-se, de vez, da antinomia,

não condicione o garboso sorriso,

deixe estampar a sublime alegria.

 

Assim, toda virtude se resume,

numa sabedoria, mais que plena,

mostrando que a solidão só se ata à tristeza,

quando a alma fraqueja e se apequena.

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de outubro de 2022 16:23
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema é em homenagem a uma amiga minha (Dayane) cujo título tirei de um comentário dela ao analisar um dos meus poemas. Pode até ser que não haja uma relação tão condicional entre o título extraído do comentário feito por ela, mas, com certeza, este poema tem um "pedacinho" de comprazimento quando da inspiração evocada. Mais ou menos assim, eu acho!!!
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 15


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