Se tomo atitude, e tenho virtude,
isso, um tanto, consola.
Se fico inquieto, e torno incerto,
isso, meio que, isola.
Se sei o que sei, não é pela lei,
isso é, um tanto, verdade.
Se nego o que sei, e não temerei,
isso é, bastante, vaidade.
Enquanto a tristeza galopa,
a vontade entra em ação,
e ao acostumar se topa,
tornando-se solidão.
A soberba é, sempre, ligeira,
e consome, rapidamente, o saber,
tendo como escudo, bandeira,
contestar, impiedosamente, o conhecer.
E, debaixo de um quieto,
faz germinar a velhacaria,
tendo como real objeto,
o descrédito da sabedoria.
Mas, sabedoria não se confronta,
intrínseca, ela se revela,
não como a cruciante tristeza,
que, na solidão, se encela.
Olhe firme, fixe nos olhos,
deixe o brilho sobressair,
amorize, deslinde seu coração,
permita, inesitante, se descobrir.
E, se pra tudo tem jeito,
abdique-se, de vez, da antinomia,
não condicione o garboso sorriso,
deixe estampar a sublime alegria.
Assim, toda virtude se resume,
numa sabedoria, mais que plena,
mostrando que a solidão só se ata à tristeza,
quando a alma fraqueja e se apequena.