Convivo com a ansiedade
de ser o que já fui,
de viver o que já vivi,
ter o que já tive,
quando o que importa, na verdade,
é dizer algo sobre o agora,
e ter razão sobre não ter razão!
Sinto o tempo passar sem compaixão
nas bordas do destino dos que se vão,
sinto a densidade do vão,
sobrevivo a essa condição
que me empurra, sem dor,
para o limite da consternação!
Sofro com platitudes, como plumas,
a justificar a ausência de justiça
para meus pares, meus irmãos.
Anseio pela ladainha da oração,
no refrão de conhecida canção,
enfim, descompenso no limiar da inação,
mas, não deixo a alienação turvar a visão!
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de outubro de 2022 14:16
- Comentário do autor sobre o poema: Grupo: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 6
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