Cervos, sempre em um espaço vago,
Sempre prontos para serem achados.
Sem armas, senão apenas os mato,
Vou caçá-los, estrangulá-los, estripá-los.
Cervos, como quem diz "porcos",
Pendurados pelos pés por correntes,
Abertos de ponta a ponta, "que costas quentes".
Preciso de geladeiras maiores para os corpos.
Cervos, entranhas macias, brilhantes,
Alguns com pele seca, outras tão vibrantes.
Muitos feios, poucos lindos, "instinto fascínio",
Todos deliciosos, sem tempero, apenas os frito.
Fiz dos teus sangues vinho,
Fiz das tuas carnes pão.
Fiz dos teus ossos caminho,
Fiz dos teus olhos escuridão.
- Autor: offduzzer21 ( Offline)
- Publicado: 25 de setembro de 2022 00:21
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Comentários1
Poema impactante,revelando o lado sinistro dos homens e tudo que se faz sem ter piedade dos animais. Tudo pela manutenção dos chamados " humanos". Belo poema,quase denuncia.
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