Senti o sabor amargo, dolorosamente, quando vi mais extrinsecamente o seu incauto e destinto desamor; e morri na rasura profundamente para o que vivi tristemente distante do reflexo do resplendor... Por onde perdi o fio e o elo do tornassol azul e amarelo que pintava o meu firmamento; `a beira do imaginário castelo que caiu com a ruína do paralelo que só existia no meu pensamento. Depois de andar longe e bem incerto pelo caminho escuro do deserto contando as nuvens e os astros; pensando que era um cara esperto para poder amar de peito aberto seguindo os seus trigueiros rastros. Porque o que era uma bela canção na minha vida virou feia alucinação por um caminho difícil e sórdido; enquanto pensava na ilusão que dominou o meu coração para me deixar um tempo mórbido. Dentro de um jardim de flores mortas que podou as duas asas tortas do meu pássaro solto e extravagante; por entre os delicados canais e portas do campo amoroso das hortas que um dia me deu um sonho errante!...
- Autor: Vilmar Donizetti Pereira ( Offline)
- Publicado: 13 de setembro de 2022 09:38
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
Comentários1
Que lindooo, as vezes o tempo é assim mesmo , nos deixa atônitos diante de fases da vida, mas tudo passa, essa efemeridade nos dá a vitória na passagem deste tempo. Amei ler-te poeta Vilmar Pereira! Gratidão pela partilha! Abraços e boa noite!
Temos que aprender e tirar lições dos acontecimentos que temos que enfrentar com o tempo. E com a maturidade isso fico muito fácil e leve. Muito obrigado pela interação e comentário. Um abraço Neiva Dirceu e tenha um bom dia!
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