Hébron

Procissão da noite

 

É uma procissão que passa
Velas acesas, cânticos da graça 
Segue a multidão, enquanto sonho
Todos na profusão de um céu 

Segue a procissão, enquanto sonho 
Vielas da mente, quânticos léus
Uma melodia de trombetas, estrelas
Harpas e tambores, trovas da noite

Motivo da fé, muito além de quirelas
Erguido, o estandarte da paz e açoite 
Ode declamada, ilíada delirante
Segue a multidão, enquanto sonho 

Rostos misturados, tantos semblantes
Todos com meus sorrisos, meus olhares
O limite é a ilusão imanente, é o possível 
Canto sentido da minha voz em milhares

Hino incontido no éter da fantasia
Deslúcido, sou o cortejo indefinível 
A vigília, invenção sólida, mera utopia
Como crer em limites sem acordar?

Formas e imagens, sem desacreditar
É uma procissão, cânticos da graça 
Velas acesas, vielas da mente
Segue a multidão, enquanto sonho

  • Autor: Hébron (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Setembro de 2022 21:53
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 25

Comentários1

  • Maria dorta

    Um poema quase transcendental,louvando a procissao_ símbolo da religiosidade humana,mas com toques surreais do Mestre_ poeta que és!,! Aplausos!

    • Hébron

      Obrigado por sua presença, minha querida amiga poetisa!
      Grande abraço, Maria Dorta



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.