É uma procissão que passa
Velas acesas, cânticos da graça
Segue a multidão, enquanto sonho
Todos na profusão de um céu
Segue a procissão, enquanto sonho
Vielas da mente, quânticos léus
Uma melodia de trombetas, estrelas
Harpas e tambores, trovas da noite
Motivo da fé, muito além de quirelas
Erguido, o estandarte da paz e açoite
Ode declamada, ilíada delirante
Segue a multidão, enquanto sonho
Rostos misturados, tantos semblantes
Todos com meus sorrisos, meus olhares
O limite é a ilusão imanente, é o possível
Canto sentido da minha voz em milhares
Hino incontido no éter da fantasia
Deslúcido, sou o cortejo indefinível
A vigília, invenção sólida, mera utopia
Como crer em limites sem acordar?
Formas e imagens, sem desacreditar
É uma procissão, cânticos da graça
Velas acesas, vielas da mente
Segue a multidão, enquanto sonho