Refúgio.

Victor Severo

Cai em tédio que se transformou em sono.

Perdido no mistério de meu triste abandono.

E quando o luto se transformou em dia.

Continuei sonhando nessa letargia.

 

Aprisionado por teus cruéis caprichos.

Me vi dormindo à margem desse precipício.

Sigo sonhando sem querer acordar.

Temendo que esse sonho venha um dia acabar.

 

Ausente a tudo que diz respeito ao mundo.

Fito o abismo sem vislumbrar seu fundo.

Volto a dormir clamando pelo sonho.

Onde o abismo não é tão medonho.

 

Pois em vigília a vida é sem sentido.

Sentindo a dor de te haver perdido.

Durmo esperando pelo teu perdão.

Em duro leito de pura ilusão.

 

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de agosto de 2022 10:22
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.