Cai em tédio que se transformou em sono.
Perdido no mistério de meu triste abandono.
E quando o luto se transformou em dia.
Continuei sonhando nessa letargia.
Aprisionado por teus cruéis caprichos.
Me vi dormindo à margem desse precipício.
Sigo sonhando sem querer acordar.
Temendo que esse sonho venha um dia acabar.
Ausente a tudo que diz respeito ao mundo.
Fito o abismo sem vislumbrar seu fundo.
Volto a dormir clamando pelo sonho.
Onde o abismo não é tão medonho.
Pois em vigília a vida é sem sentido.
Sentindo a dor de te haver perdido.
Durmo esperando pelo teu perdão.
Em duro leito de pura ilusão.