Abel Ribeiro

O divã do corpo


Aviso de ausência de Abel Ribeiro
NO

O corpo é cor

No sol, na lua.

Na luz

É matéria

E não é oco!

Ele é tempo disposto

Novo velho corpo

Lisos e de pelos

Produtivo e noturno

"Corpos dóceis"

Nesse tempo único

Que conversa com o tempo

Da vida, da cidade, da idade...

Da imensa vontade

Que o espelho

(não revela)

Como o vagalume na noite.

 

Corpo

É inversão e submissão

Pé, rosto e mão.

Na hora do descanso

Manso amanso corpo

Alimento da alma

(mansidão)

 

Corpo laboral

Que deseja o ócio

Separa o negócio

O tempo que acalma

Pensamentos tensos

Do ser que habita em ti

 

Corpo ajoelhado

Suado, molhado

Amado, desejado

Fala por ti, fala por si

Perecível, visível

Oh corpo amor

Dá-me o teu calor

Hoje choveu

 

O bebê quer mamar

Boca da fome e do desejo

O pé que te sustenta

Te leva a passear 

O parque, a praça, a escola 

Corpo presente, corpo de cristo

Corpo futuro, sete palmos.

 

Corpo desejo 

Corpo suado

Corpo molhado

E mal amado

olho no corpo

  • Autor: Abel (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de Agosto de 2022 12:20
  • Comentário do autor sobre o poema: Momento de reflexão, paixão e amor.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 8

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo poema em que entronizas, com mestria a beleza e primícias do corpo. Tratas o tema com beleza,régua e compasso. Chapéu!

    • Abel Ribeiro

      Muito obrigado querida.



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