NO
O corpo é cor
No sol, na lua.
Na luz
É matéria
E não é oco!
Ele é tempo disposto
Novo velho corpo
Lisos e de pelos
Produtivo e noturno
"Corpos dóceis"
Nesse tempo único
Que conversa com o tempo
Da vida, da cidade, da idade...
Da imensa vontade
Que o espelho
(não revela)
Como o vagalume na noite.
Corpo
É inversão e submissão
Pé, rosto e mão.
Na hora do descanso
Manso amanso corpo
Alimento da alma
(mansidão)
Corpo laboral
Que deseja o ócio
Separa o negócio
O tempo que acalma
Pensamentos tensos
Do ser que habita em ti
Corpo ajoelhado
Suado, molhado
Amado, desejado
Fala por ti, fala por si
Perecível, visível
Oh corpo amor
Dá-me o teu calor
Hoje choveu
O bebê quer mamar
Boca da fome e do desejo
O pé que te sustenta
Te leva a passear
O parque, a praça, a escola
Corpo presente, corpo de cristo
Corpo futuro, sete palmos.
Corpo desejo
Corpo suado
Corpo molhado
E mal amado
olho no corpo
- Autor: Abel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de agosto de 2022 12:20
- Comentário do autor sobre o poema: Momento de reflexão, paixão e amor.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
Comentários1
Belo poema em que entronizas, com mestria a beleza e primícias do corpo. Tratas o tema com beleza,régua e compasso. Chapéu!
Muito obrigado querida.
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