No fundo do poço a observar
As estrias das paredes sangrar
Ruídos de demônios a espreitar
A morte nos cantos se arrastar
As trevas me abraçar
O silêncio profundo me atravessar
Meus pés na lama atolar
O peso do mundo me esmagar
A dor visceral me calar
A maldição me condenar
O ódio meu coração pulsar
Como Antolhos a me cegar
O cansaço fez meu corpo se inclinar
Meus joelhos se dobrar
Minhas mãos no barro penetrar
Uma voz ao longe a sussurrar
"Bem vinda ao fundo do poço milenar
Daqui não vais mais afundar
Só tem um jeito de se salvar
É para cima escalar."
Levei para cima meu olhar
Através da tampa vi o luar
Quando o medo parei de escutar
Descobri que tinha asas e sabia voar.
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- Autor: Ashira Saiko (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de agosto de 2022 22:01
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 10
Comentários1
Ufa! Ainda bem que tinha asas. A situação estava beirando o insuportável para o nosso herói.
Abraços!
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