No fundo do poço a observar
As estrias das paredes sangrar
Ruídos de demônios a espreitar
A morte nos cantos se arrastar
As trevas me abraçar
O silêncio profundo me atravessar
Meus pés na lama atolar
O peso do mundo me esmagar
A dor visceral me calar
A maldição me condenar
O ódio meu coração pulsar
Como Antolhos a me cegar
O cansaço fez meu corpo se inclinar
Meus joelhos se dobrar
Minhas mãos no barro penetrar
Uma voz ao longe a sussurrar
\"Bem vinda ao fundo do poço milenar
Daqui não vais mais afundar
Só tem um jeito de se salvar
É para cima escalar.\"
Levei para cima meu olhar
Através da tampa vi o luar
Quando o medo parei de escutar
Descobri que tinha asas e sabia voar.
Instagram @ashirasaiko
Titok @ashira_saiko
Wattpad@ashiraguedes
Blog epigrafe.art.blog