Breno Pitol Trager

Corpo Sem Órfãos

Nós somos o Uno Abandonado
Caosgenia dos primórdios
Nosso nome, Orfeus
Orfandade dos eus
Por suas mãos, cheia de remorsos
Empunhando escudos Sistinos
E espadas de esgrima exímia
O mundo expiarás em redenção

Nós somos o Uno Abandonado
Reorgiando os primórdios
Nosso nome, Orfeus
Orfandade dos eus
Por suas mãos, cheia de relógios
Alastrando via lácteas galáxias
Estocastia em toda sua máxima
O mundo redentor expiarás

Deus, maestro dos abandonos
Deixou-nos em vacante sono
Somos todos órfãos
Reinando nosso Morse grampo
Em Deus, o seu Elísio Campo

Meu corpo libere do pesadelo físico
Levando consigo todo quimeral mundo
Sim, todos nós filhos da orfandade
Metafísica dos sacrifícios
Transgredindo limites nauseabundos
Desejesante autoprodução de deidades


Gloriosíssima Senhora Sorte, rainha das intempéries
De temperamento salutar impere-nos
De volta ao alento universal
Do cordado cordão umbilical

Da criação signatária
Contra toda aridez árida

Que é uma diáspora
De reificados órgãos
Órfãos

  • Autor: Breno Pitol Trager (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Agosto de 2022 09:16
  • Comentário do autor sobre o poema: Quando o filósofo Gilles Deleuze encontra o jogo Final Fantasy XIII
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 12


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