Victor Severo

Nobre Doutor.

De nariz empinado.

Posas de superior.

Terno fino, bem cortado.

E esse anel de doutor.

Tão limpo e perfumado.

Tão insigne doutor.

Vulto culto e letrado.

Diria até sedutor.

És sepulcro caiado.

De pútrido interior.

No fundo és um falsário.

Que julgando com vigor.

Se apropria do erário.

Enganando teu credor.

Recebes teus honorários.

Hábil manipulador.

Ladrão bem apessoado.

Fidalgo usurpador.

Mais que cara feia!

Por que, nobre doutor?

Se a dor alheia.

Não é a tua dor?

Enfim caístes na teia.

Que orgulhoso tramou.

Transformou-se  em areia.

Todo o ouro que roubou.

Apodreça no inferno.

Pois o justíssimo Averno.

Foi tudo o que te sobrou.

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de Agosto de 2022 09:03
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 15

Comentários2

  • Maria Lucia

    Um poema forte e instigante, trazendo verdades em seus versos.
    Um abraço.

    • Victor Severo

      Obrigado pela leitura e comentário Maria Lucia.
      Forte abraço.

    • Maria dorta

      Bravos! É um poema_ denúncia e vem bem a calhar nestes tempos em que tantos se disfarçam para continuar usufruindo benesses ou então,alguns se vestem de cordeiros para ganhar postos altos( vide eleição!). Aplausos,!

      • Victor Severo

        São tempos difíceis cara Maria Dorta, os flagelos se sucedem, mas acho que sempre foi assim, nós humanos somos nosso próprio flagelo, vishe, me veio uma ideia, rsrsrsrsr, aqui vamos nós de novo...
        Sempre grato por sua presença aqui. Forte abraço.



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