NO
Caminho do rio…
Ema Machado- Brasil
Não é preciso tropeçar, para enxergar pedras
São tantas, ainda que não me acostume
Algumas se tornam areia, enquanto outras, serras
Nunca recebi flores, aspirava-lhes o perfume
bebia-lhes a beleza e cores
Olho sempre as estrelas, são como vaga-lumes
Por vezes imagino, se não é lá minha casa
Vivo de sonhos, sempre tive asas…
O tempo não espera, muitas aspirações se fazem quimeras
O ponteiro gira, a vida passa como vento
Leva sonhos, bons e maus momentos
E… Felicidade nunca me espera
Quando criança, eu a via, uma fada de olhos negros
Cresci, não realizou meus desejos
Aprendi a correr atrás dela, tive bons momentos
Muitos, carrego em segredos
Mas ela se foi, e eu, permaneci a sua espera…
Ah! Dizem, ser os poetas sonhadores
Para mim, há aí uma dicotomia
Tenho o dom de sonhar, mas, chega de “dores”
De minhas pedras fiz um muro
Guardei lembranças boas
Sigo o curso do rio…
Desliso em minha canoa…
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 16 de agosto de 2022 21:56
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 32
Comentários1
Magnífico poema, em que a autora versa com metáforas delicadas uma
vivência profunda, onde o desafio das "pedras" ganha contornos de aprendizados significativos. Gostei muito. Abraço, poeta.
Obrigada querida, por seu gentil comentário. Grande abraço,
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