Casca

Zato

O vazio preenche o que restou de meu tudo

Sangra-me ao tornar real o que agora não me quer

E o que eu tentei abraçar um dia

Fora embora enquanto eu ainda me encontrava

Reflexos de uma alma errante e confusa

Cercam-me de incertezas e dúvidas

O dúbio sentimento ao deparar-se com um dilema

Mas sou de carne, ossos e ferro

E mesmo assim me sinto oco

Uma casca que carrega o que um dia foi alguém

Ou o que restou de algo que era capaz de sonhar

E assim navego em tua nau pelo rio imaterial

Sem saber o que existe no fim

Chacoalhando aos ventos primaveris

Sentindo o ar passar pelo buraco em meu peito

  • Autor: Zato (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de agosto de 2022 17:58
  • Comentário do autor sobre o poema: copyright © 2022 todos os direitos reservados
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 15


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