Doce veneno.

Victor Severo

Meu doce veneno, amargo remédio.

Uma taça de vinho.

Nesse friozinho.

Quero teu inferno.

Nesse eterno inverno.

 O céu é o tédio.

Essa súplica que se transforma em prece.

Que meu corpo inflama.

E minha alma aquece.

Quem se queima nessa chama.

Dessa chama nunca esquece.

Quem desse sofrer reclama.

Nesse sofrer padece.

Dormir ao teu lado esperando o dia.

Gozando na dor de eterna agonia.

Em ais de prazer que nunca terão fim.

Eu que nunca sonhei ser tão feliz assim.

 

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de agosto de 2022 15:04
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    ..."Eu que nunca sonhei ser tão feliz assim"...

    Simplesmente lindo!
    Boa tarde poeta, Victor Severo.

    • Victor Severo

      Bom dia meu caro poeta, grato pelas palavras e leitura.



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