//meuladopoetico.com/

Victor Severo

Doce veneno.

Meu doce veneno, amargo remédio.

Uma taça de vinho.

Nesse friozinho.

Quero teu inferno.

Nesse eterno inverno.

 O céu é o tédio.

Essa súplica que se transforma em prece.

Que meu corpo inflama.

E minha alma aquece.

Quem se queima nessa chama.

Dessa chama nunca esquece.

Quem desse sofrer reclama.

Nesse sofrer padece.

Dormir ao teu lado esperando o dia.

Gozando na dor de eterna agonia.

Em ais de prazer que nunca terão fim.

Eu que nunca sonhei ser tão feliz assim.