Hoje a Madona grita
Por ver seus rebentos separados
Aqueles que na mesma
Cripta
Estiveram no mesmo amor entrelaçados.
Hoje a martriarca clama
Seus olhos, seus braços
Seu abraço
Seu barco
Posto da mesma chama
Recôndito dos enfraquecidos
Mas um vez tem seu lado perfurado
Loucura dos envaidecidos,
Entregam- se ao cálice derramado.
Hoje a esposa chora
Outra vez seu noivo é mutilado
E como as virgens imprudentes de outrora
Pouco azeite as donzelas ignoram.
A Pedra dura e firme
Forte rocha
Depois de lapidada e esculpida
Ante a vil concupiscência
Se ver novamente dividida.
Hoje a barca nas procelas
tomada pelos ondas, o furor
O vento que tangia fortes velas
E no leme seu
Unigênito Filho
Acalmando intempestivas tempestades
Da proa ao tombadilho.
Hoje, a velha barca de novo treme
Cordeiros e cordeirinhos
Esqueceram quem está no leme
E entregam - se a indecência
Dão - se mãos à concupiscência
Ânsia de ganância atroz
Qual fuças de cordeirinhos
Sao vestes do lobo feroz!
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de junho de 2020 08:30
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 35
Comentários5
Belo poema, parabéns poeta Carlos Lucena! Muito top!
Abraço amigo!
Obrigado!
Amigos, eu removi um comentário, mas foi sem querer. Desculpa por favor. Acho que foi um comentário do Hebron. Desculpa.
Você apagou apenas a mensagem acidentalmente, mas não diminuiu o elogio a sua poesia. Gostei muito.
Abraço
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