Nelson de Medeiros

BUQUÊ DE ROSAS



BUQUÊ DE ROSAS

 
No corredor do velho santuário,
Trazendo rosas e terço na mão,
Passou por mim, qual fosse ficção,
Minha musa rezando o seu rosário!
 
Sua presença era o próprio cenário;
Com gesto leve e terno de oração
Fez calar a descrente multidão,
E encheu de luz o velho campanário!
 
Mas, o desejo me chegou ao vê-la...
Quem dera  pudesse tão rara estrela,
Voltar ao céu da minha solidão!
 
Não pude me conter; rolou-me o pranto,
Pois, fora um dia, todo o meu encanto,
Aquela noiva de  buquê na mão!

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Março de 2020 12:25
  • Comentário do autor sobre o poema: Soneto idealizado num Santuário durante a entrada da noiva, antigo amor.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 30

Comentários4

  • Gislaine Oliveira

    Lindo, gosto muito dos seus textos e da forma.

    • Nelson de Medeiros

      Valeu, poetiza. Obrigado. Teus textos são muito bons, creia. 1 ab

    • Adriele Bernardi

      Cara você é incrível!! Seu soneto está lindíssimo. A estrutura dele, o ritimo, a métrica. Tudo muito bom. Você é um poeta de mão cheia! :O 😀

      • Nelson de Medeiros

        Que bom que tu gostou. Obrigado. Tens, também, o dom.

      • Isabela Fenix

        Muito bom, parabéns!

      • mundi87

        Que lindo Nelson, oxalá a musa da sua inspiração o acompanhe sempre:)



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.