BUQUÊ DE ROSAS
No corredor do velho santuário,
Trazendo rosas e terço na mão,
Passou por mim, qual fosse ficção,
Minha musa rezando o seu rosário!
Sua presença era o próprio cenário;
Com gesto leve e terno de oração
Fez calar a descrente multidão,
E encheu de luz o velho campanário!
Mas, o desejo me chegou ao vê-la...
Quem dera pudesse tão rara estrela,
Voltar ao céu da minha solidão!
Não pude me conter; rolou-me o pranto,
Pois, fora um dia, todo o meu encanto,
Aquela noiva de buquê na mão!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 26 de março de 2020 12:25
- Comentário do autor sobre o poema: Soneto idealizado num Santuário durante a entrada da noiva, antigo amor.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 31
Comentários4
Lindo, gosto muito dos seus textos e da forma.
Valeu, poetiza. Obrigado. Teus textos são muito bons, creia. 1 ab
Cara você é incrível!! Seu soneto está lindíssimo. A estrutura dele, o ritimo, a métrica. Tudo muito bom. Você é um poeta de mão cheia! :O 😀
Que bom que tu gostou. Obrigado. Tens, também, o dom.
Muito bom, parabéns!
Valeu, poetisa.. 1 ab
Que lindo Nelson, oxalá a musa da sua inspiração o acompanhe sempre:)
Obrigado, menina poeta. um abraço
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