Sobre o leito do rio Severiano
O aragano de barco vermelho
Foi remando atrás do destino
Um menino que ouvia conselho
Com a saga do sangue farrapo
Índio guapo lutando de joelho
Um guri galopeado sem mágoa
Como a água que cai da cascata
O destino foi a grande Erechim
Do camoatim do ventre da mata
Na docência palmilhou tesouro
Como o ouro o cobre e a prata
Desde menino futuro sonhado
Livros lançados sagaz escritor
Teceu amor no quadro de giz
Tal o quiz de poeta sonhador
A escola era centro de ensino
Seu destino era ser professor
Fora grande mestre das letras
Com caneta escreveu seu hino
Um teatino sempre no futuro
Sangue-puro do arauto sulino
Partiu no tino de peão aragano
Foste o soberano João Virgilino
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de agosto de 2022 01:28
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “O Menino Virgilino”, para homenagear “in memoriam” o grande escritor e professor João Virgilino Chaves. Foi um exemplo a ser seguido, como pai, sogro, avô, bisavô, um legado digno de orgulho dos familiares e amigos. Conforme o 1° verso da 1ª. estrofe: “sobre o leito do rio Severiano”, sinaliza poeticamente que João Virgilino nasceu em 05 de junho de 1930, em Severiano de Almeida, então distrito do Município de Erechim. Filho de Manoel Dario Chaves e Angelina Chaves, com poucos anos de idade, seus pais o trouxeram para a sede do Município, onde a família veio residir. Em 1938, começou seus estudos primários no Colégio São José, da cidade de Erechim. Em 1956, ingressou no Magistério Municipal, sendo designado a ser professor na Escola do Km 10, Povoado Argenta. Porém, em 1957, ele fez o Curso Intensivo de Formação Pedagógica e foi nomeado Professor Municipal. Em 1960, iniciou sua vida no Magistério Estadual na Escola da Linha 7, em Campinas do Sul; em 1961, foi professor na Escola Rural de Chapadão e retornou em 1963 ao Km 10 – Povoado Argenta. A Poesia “O Menino Virgilino, é uma homenagem que faço a meu Sogro e amigo, com o qual compartilhamos à literatura, sendo ele um grande literato. Em 1975 foi transferido para Marcelino Ramos, voltando a Erechim em 1977 para o Colégio Agrícola e concluiu seus serviços ao Magistério Estadual na Escola Estadual São João Batista de La Salle. Foi durante 47 anos casado com Edy Kraemer Chaves com quem teve oito filhos. Em 1989, quando foi Patrono da VI FEIRA DO LIVRO, recebeu o Troféu “Bota Amarela de Literatura”; em 2016, a Câmara Municipal de Vereadores de Erechim, conferiu-lhe o Troféu “Castelinho”. Foi Patrono do Café Cultural de Erechim e membro fundador da Academia Erechinense de Letras, ocupando a Cadeira nº 15." Boa leitura a todos.
- Categoria: Família
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