Sobre o leito do rio Severiano
O aragano de barco vermelho
Foi remando atrás do destino
Um menino que ouvia conselho
Com a saga do sangue farrapo
Índio guapo lutando de joelho
Um guri galopeado sem mágoa
Como a água que cai da cascata
O destino foi a grande Erechim
Do camoatim do ventre da mata
Na docência palmilhou tesouro
Como o ouro o cobre e a prata
Desde menino futuro sonhado
Livros lançados sagaz escritor
Teceu amor no quadro de giz
Tal o quiz de poeta sonhador
A escola era centro de ensino
Seu destino era ser professor
Fora grande mestre das letras
Com caneta escreveu seu hino
Um teatino sempre no futuro
Sangue-puro do arauto sulino
Partiu no tino de peão aragano
Foste o soberano João Virgilino