Silêncio

Rodrigo S A Alvarez

Aperto, tensão, dor

Escute!

 

Silêncio.

 

Cinzas manhãs

Sol brilhante

Ar faltante

Vento uivante.

 

Limpeza para o corpo,

inalcançável para a alma.

 

Amanhã, inexistente

Horizonte, ausente

Esperança, agonizante

Medo, triunfante.

 

A Crueldade a sorrir diz

que o Medo jaz morto

e a Esperança é reinante.

 

Débil Esperança,

jaz na esquina

De tão doente, agoniza

Ar faltante

Peito torturante

 

A Alucinação coroada

sorri de uma rampa,

mais cruel do que qualquer veneno.

 

Sua Esperança uma foice traz

Basta olhar,

silenciar.

 

Basta!

 

Não é Esperança

Devastação é o que há,

adornada com devaneios,

e crueldade a destilar.

 

Já não é mais possível

reconhecer o ar.

 

Aperto,

vida de aperto.

 

Ar,

vida sem ar.

 

Vida não há!

 

Silêncio.

Silêncio.

Silêncio.

 

Silencio.

 

Autor: Rodrigo S A Alvarez

  • Autor: Rodrigo S A Alvarez (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de junho de 2020 17:13
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 41
  • Usuários favoritos deste poema: Cavalcante
Comentários +

Comentários2

  • Ernane Bernardo

    Parabéns pelo belo poema, show de bola!

    Abraço amigo!

    • Rodrigo S A Alvarez

      Estou feliz que tenha gostado amigo.
      Obrigado e abraços.

    • Hébron

      Poesia que envolve, com um ritmo que traz uma sutil apreensão... Com desfecho de tristeza. Bela construção.
      Abraço



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