Aperto, tensão, dor
Escute!
Silêncio.
Cinzas manhãs
Sol brilhante
Ar faltante
Vento uivante.
Limpeza para o corpo,
inalcançável para a alma.
Amanhã, inexistente
Horizonte, ausente
Esperança, agonizante
Medo, triunfante.
A Crueldade a sorrir diz
que o Medo jaz morto
e a Esperança é reinante.
Débil Esperança,
jaz na esquina
De tão doente, agoniza
Ar faltante
Peito torturante
A Alucinação coroada
sorri de uma rampa,
mais cruel do que qualquer veneno.
Sua Esperança uma foice traz
Basta olhar,
silenciar.
Basta!
Não é Esperança
Devastação é o que há,
adornada com devaneios,
e crueldade a destilar.
Já não é mais possível
reconhecer o ar.
Aperto,
vida de aperto.
Ar,
vida sem ar.
Vida não há!
Silêncio.
Silêncio.
Silêncio.
Silencio.
Autor: Rodrigo S A Alvarez