Rodrigo S A Alvarez

SilĂȘncio

Aperto, tensão, dor

Escute!

 

Silêncio.

 

Cinzas manhãs

Sol brilhante

Ar faltante

Vento uivante.

 

Limpeza para o corpo,

inalcançável para a alma.

 

Amanhã, inexistente

Horizonte, ausente

Esperança, agonizante

Medo, triunfante.

 

A Crueldade a sorrir diz

que o Medo jaz morto

e a Esperança é reinante.

 

Débil Esperança,

jaz na esquina

De tão doente, agoniza

Ar faltante

Peito torturante

 

A Alucinação coroada

sorri de uma rampa,

mais cruel do que qualquer veneno.

 

Sua Esperança uma foice traz

Basta olhar,

silenciar.

 

Basta!

 

Não é Esperança

Devastação é o que há,

adornada com devaneios,

e crueldade a destilar.

 

Já não é mais possível

reconhecer o ar.

 

Aperto,

vida de aperto.

 

Ar,

vida sem ar.

 

Vida não há!

 

Silêncio.

Silêncio.

Silêncio.

 

Silencio.

 

Autor: Rodrigo S A Alvarez