Honorato Ferreira de Araujo

Manhã de Outono

Em uma manhã de outono

De sol brilhante

No céu nuvens escuras

E falsas na feroz seca.

Uma parede de blocos aparentes

Uma cruz refletida na toalha surrada e branca

Madeiras cruzadas sustentam o varal de roupas velhas.

A Apple e o triunfar da tecnologia

O filho do bilionário passara por cima

De um negro cambaleante sobre a bicicleta velha.

A irmã África segue a sua caminhada

E a outra irmã, a rica não rever os passos dados

E luta para não ser decadente.

Os lusófonos estão numa camisa de força ortográfica

Há extremidades e elas são pontiagudas e perigosas

A cruz está plantada numa toalha branca e pobre

Não há o anúncio de bandeira branca

A cruz e a manhã de outono.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.