SENTENÇA

Jucklin Celestino Filho

 

Disse o tempo ao vento:

-- Amigo, quantas coisa boas

Fazes às pessoas:

As suaviza com seu frescor,

Refrigera a tantos quantos,

Não te cabe sentença

De pesares e prantos,

Assim , se faz a diferença

Entre mim e ti:

Temo a sentença

Do esquecimento

Das coisas boas

Que realizei,

E a lembrança

E horror,

Qual torpe vingança,

Das coisas ruins que pratiquei .

 

 
 
  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de julho de 2022 11:23
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 17
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Boa metáfora! Prefiro então ser como o vento: sempre refrescante. Abç

  • Elfrans Silva

    Belo poema ilustrativo e reflexivo, nobre poeta amigo Jucklin. Uma coisa é certa: ambos tem suas consolacões e suas decepções. Aliás, como tudo na vida trás as duas faces. Uma hora o tempo dá-nos a experiência necessária, outra hora ele nos arca sobre nós mesmos. Uma hora o vento empurra mansamente nossa nau, outra hora a nossa cada sucumbe ante sua braveza. Sabemos serem necessários, tanto quanto outras vezes quereriamos descartá-los. Mais certo que isso é que Deus os submete a Sua vontade. Então a fé Nele não nos permite temer as inconstâncias dos fenômenos naturais. Num vento em torvelinho alguém subiu aos céus. Num tempo demasiaddo exaustivo um outro morreu em boa velhice e nunca seus olhos se escureceram. Enfim, é como lidaremos com ambos que determinará os seus poderios. Meu abraço amigo. Ótima semana pra você e a família



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