Disse o tempo ao vento:
-- Amigo, quantas coisa boas
Fazes às pessoas:
As suaviza com seu frescor,
Refrigera a tantos quantos,
Não te cabe sentença
De pesares e prantos,
Assim , se faz a diferença
Entre mim e ti:
Temo a sentença
Do esquecimento
Das coisas boas
Que realizei,
E a lembrança
E horror,
Qual torpe vingança,
Das coisas ruins que pratiquei .
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de julho de 2022 11:23
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 17
Comentários2
Boa metáfora! Prefiro então ser como o vento: sempre refrescante. Abç
Belo poema ilustrativo e reflexivo, nobre poeta amigo Jucklin. Uma coisa é certa: ambos tem suas consolacões e suas decepções. Aliás, como tudo na vida trás as duas faces. Uma hora o tempo dá-nos a experiência necessária, outra hora ele nos arca sobre nós mesmos. Uma hora o vento empurra mansamente nossa nau, outra hora a nossa cada sucumbe ante sua braveza. Sabemos serem necessários, tanto quanto outras vezes quereriamos descartá-los. Mais certo que isso é que Deus os submete a Sua vontade. Então a fé Nele não nos permite temer as inconstâncias dos fenômenos naturais. Num vento em torvelinho alguém subiu aos céus. Num tempo demasiaddo exaustivo um outro morreu em boa velhice e nunca seus olhos se escureceram. Enfim, é como lidaremos com ambos que determinará os seus poderios. Meu abraço amigo. Ótima semana pra você e a família
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