Queria ir até o infinito
E de lá bradar
Qualquer coisa
Que ninguém ouvisse
E quando me procurassem
Para ir ao trabalho
Para pagar uma conta
Para ouvir as notícias
Do último golpe fascista
Não me encontrariam
Pensariam que eu estava
Escondido num bar
Perdido entre os bezerros
Perdidos no campo
Ou, talvez, quem sabe
Absorto namorando
Num motel à beira da estrada
Mas qual nada
Eu estava no infinito
Sem mandar notícias
Nem alegre nem aflito
Apenas esperando
A primeira estrela cadente
Passar e me levar
Para mais longe ainda
- Autor: Paulo Luna ( Offline)
- Publicado: 6 de julho de 2022 19:29
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
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