Sonetos Acrósticos I: Turu Pensante

Letheby

Edáfico horizonte, em sua camada mais profunda,

Um ser se entranha, contorce, retorcido,

Ser sem dignidade, na crosta afunda,

O seu couro embranquecido, frio e umedecido.

 

Um silvo profere, ao ver um sulco,

Um oportunidade, pensaria se pensasse,

Mas há de haver luz, reflete o de tez de talco,

Assim que a cavidade do sulco terminasse.

 

Torce o verme cor de giz,

Raiar do sol, aí vou eu, se pensasse pensaria,

A ele não sabe, que sulcos nem sempre seguem uma diretriz,

 

Sulco sem caminho, sulco sem saída,

O que eu sou, sem direção ou motivação...

...de vida?

  • Autor: Letheby (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de julho de 2022 14:40
  • Comentário do autor sobre o poema: A resposta a questão do último verso está de forma subliminar no próprio texto....
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Nós,também,somos esse verme branco, a procura da luz,de uma saída quando não fazemos nossa vida benéfica a outros para ser bem vivido. Poema quase seráfico.



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