QUE ESPOCAR É ESSE?

Arlindo Nogueira

Espocar de versos cantado ao vento

Que voam uníssonos tiritando asas

Belas palavras arranjos que arrasam

Rimas e sons que causam interesses

Falam de sonhos amores esquecidos

Fatigam a retina pelos fitos perdidos

Há uma pergunta que espocar é esse?

 

Olhares que giram em contemplação

Os átrios que pulsam dentro do peito

O canto encanta e acalanta conceitos

A poesia é magia que causa interesse

Arte de compor ou de escrever versos

Daquelas estrelas no azul do universo

Há uma pergunta que espocar é esse?

 

 

Atônito eu pergunto sem ter resposta

O poeta é um livro de história poética

Literatura sensível subjetiva dialética

Rimas e sons que causam interesses

Pessoa disse: “o poeta é um fingidor

Deveras sente chega a fingir que é dor”

Há uma pergunta que espocar é esse?

 

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Online Online)
  • Publicado: 4 de julho de 2022 00:58
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “Que Espocar é Esse”, para refletirmos sobre algo que surge repentinamente em nossas vidas. Que ao rebentar com estouro, com barulho, há uma pergunta que espocar é esse? Quase nunca temos uma resposta satisfatória sobre o “espocar”, por que uma coisa que estoura faz-se em pedaços. No entanto, saber que não sabe não é um defeito, mas é a busca pelo conhecimento verdadeiro. Sócrates disse: “só sei que nada sei”, isso resume a importância da incerteza e à tomada de consciência do não saber. Assim, a 1ª. estrofe inicia: “espocar de versos cantado ao vento”, ou seja, espocar de rimas que surgem do abandono do senso comum para uma universalidade de conhecimento. Por exemplo: os versos 5° e 6° da 1ª. estrofe resumem esse pensamento do abandono: “Falam de sonhos amores esquecidos” “Fatigam a retina pelos fitos perdidos”. Por isso, minha poesia visa questionar as incertezas, as opiniões e os pré-conceitos, para que haja consciência do não-saber. Pois, a sensibilidade e subjetividade poética, age muito por metáforas, por isso, cito Fernando Pessoa, “O poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”. Boa leitura a todos!
  • Categoria: Reflexão
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