Aqueles olhos frios da alvorada,
De novo macerados pude vê-los,
E a noite que partia enluarada,
Lembravas o luar nos teus cabelos.
Nos mistérios áureos da madrugada,
Os poentes da saudade fui colhê-los,
Nas luzes dessa abóbada sagrada,
Nos versos que deixei de escrevê-los.
Olhos distantes, gélidos, sem vida,
Lembram-me vós calados e plangentes
Os olhares d'uma cova esquecida.
Quantas vezes lhes vi indo sozinho,
Velando as pétalas tremeluzentes
Que pendiam mudas pelo meu caminho.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 25 de junho de 2022 15:30
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
Comentários1
Incrível!!!
Obrigado. Boa tarde.
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