O ANTIGO EU

Maximiliano Skol

Fiz as pazes comigo  e com o mundo...
Tomei a decisão  bem radical:
 Assim meu cavanhaque iracundo,
Meu bigode Chevron no visual

Desfiz- los  no pensar de um segundo...
A peruca a cobrir o meu frontal,
Os  óculos escuros, com que infundo
Outra pessoa, desfiz-los, por igual.

Decidi  a ser, mesmo, o antigo eu,                                   
Manter  a comunhão com quem eu era:
Aceitar- me a mim como provera

A minha compleição à qual sou dado...                                 
Pela gênica que me concebeu
Não devo demonstrar meu desagrado.

Tangará da Serra, 18/06/2022.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de junho de 2022 22:59
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 29
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Max...máximo! Amei teu desvelar_ se,descabelar_ se,raspar_ se... é como renascer. Ficou novo! Aplausos de pé!

    • Maximiliano Skol

      Querida Dorta, aprecio tanto o seu juízo crítico dos seus comentários, pela arguta análise com que se expressa, que tenho o hábito de acompanhá-la nas suas análises de outros poemas na comunidade.
      Obrigado pela visita.
      Um beijo.

      • Maria dorta

        Ter esse leitor atento aos meus comentários por aqui,só me honra. Agradeço comovida,Max!

      • SANTO VANDINHO

        Reflexiva poesia ! "Por mais que queira ser (EU), sempre aparece um antigo (EU)" rsrsrsrsrsrsr paz e bem poeta !

        • Maximiliano Skol

          Certíssimo, meu caro Vandinho, o nosso verdadeiro eu nunca se esconde com artificios.
          Fico alegre com a sua preciosa visita.
          Um forte abraço.



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