... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SONETO À MINHA MÃE



Hoje, visitei-te no seu leito jazigo

A lembrança lá estava em sentinela

Busquei por uma tal ilusória janela

Pra lhe falar desta saudade contigo

 

No mármore uma memória singela

Fria, dos seus afagos que mendigo:

Um olhar de mãe, um abraço amigo

Agora sem a sua real e doce tutela

 

Comovido, então rezei no seu abrigo

Num silêncio e respeitosa cautela

Para que não te inquietasse comigo

 

Pois, no lar celeste, rutilante capela

Me ouve e sinto o seu amor antigo

Na dor sem fim, minha terna estrela

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 - Cerrado goiano

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Comentários3

  • Elfrans Silva

    Compreendo sua saudade da sua matriarca, caro poeta. Recentemente completou um ano que minha mãezinha me disse "até breve". Fazes bem em relembrar e acalentar no peito tamanha saudade. Deus seja sempre o teu conforto. Abraços fraternos amigão.

  • Estevao cantuaria costa

    Uma linda , saudosa , singela
    Palavras tristes , alegres eternas ...mãe para sempre contigo....


    Parabéns amigo ...muito lindo .

  • Maximiliano Skol

    "Num silêncio e respeitosa cautela
    Para que não te inquietasse comigo"
    Belo e sensível poema, prezado Spagnol.
    Um forte abraço.



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