Hoje, visitei-te no seu leito jazigo
A lembrança lá estava em sentinela
Busquei por uma tal ilusória janela
Pra lhe falar desta saudade contigo
No mármore uma memória singela
Fria, dos seus afagos que mendigo:
Um olhar de mãe, um abraço amigo
Agora sem a sua real e doce tutela
Comovido, então rezei no seu abrigo
Num silêncio e respeitosa cautela
Para que não te inquietasse comigo
Pois, no lar celeste, rutilante capela
Me ouve e sinto o seu amor antigo
Na dor sem fim, minha terna estrela
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho de 2016 - Cerrado goiano
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