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... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SONETO À MINHA MÃE

Hoje, visitei-te no seu leito jazigo

A lembrança lá estava em sentinela

Busquei por uma tal ilusória janela

Pra lhe falar desta saudade contigo

 

No mármore uma memória singela

Fria, dos seus afagos que mendigo:

Um olhar de mãe, um abraço amigo

Agora sem a sua real e doce tutela

 

Comovido, então rezei no seu abrigo

Num silêncio e respeitosa cautela

Para que não te inquietasse comigo

 

Pois, no lar celeste, rutilante capela

Me ouve e sinto o seu amor antigo

Na dor sem fim, minha terna estrela

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 - Cerrado goiano

 

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