O Sol se põe por detrás do monte
Tecendo raios dourados na ponte
A noite vem estendendo seu manto
E você adormece no som de ninar
Melodia mágica das ondas do mar
No embalar de um doce acalanto
A lua reflete sua luz cor de prata
Pelas fendas do verde nas matas
E sente-se perfume evolar da flor
Você linda dorme sono angelical
Vigiada por fitos do anjo celestial
Introspecção do intrínseco amor
Ao amanhecer o orvalho evapora
Nasce novo dia a noite vai embora
Você curte o Sol na cútis com zelo
Tudo desabrocha colorindo a vida
As ondas do mar correm seguidas
E a maresia molha os seus cabelos
Enquanto ventos sopram na areia
Você pega a onda como uma sereia
Emerge dos sonhos do bem-querer
Quem é você nesse vulto paradoxo
Que mergulha no oceano filosófico
E cientifica a vida explicando você
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de junho de 2022 22:19
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi o poema “Você” valorando o pronome pessoal de tratamento, da segunda pessoa do discurso, mas, por ser pronome de tratamento, é empregado na terceira pessoa (como "ele" ou "ela"). Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento vossa mercê, que se transformou sucessivamente em, vosmecê, vancê e você. Vossa mercê (mercê significa graça, concessão) era um tratamento dado a pessoas às quais não era possível se dirigir pelo pronome tu. Em galego algumas pessoas utilizam você enquanto outras por contacto com o castelhano utilizam um meio termo vostede, em castelhano o palavra equivalente é usted e em catalão vostè. Em meu poema “você” é alguém de minha intimidade, que personifica imageticamente meu lado poético.
- Categoria: Amor
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