Forte
Feito teu tu
Forte feito nossos Quiriris
Forte feito as minas do Coxá
Em uma Aurora ribeira do médio salgado
A observar a obra do filho de Ingazeiras
Aldemir Martins
De pinceladas fortes
Que ultrapassam o próprio tempo
O gato que bebe na caqueira
O pássaro em busca do alpiste
O cangaço a passar distante
O conde na estrada do sonho
O médico baiano sem flor
Na busca do serrote dos minérios
Cobre, ouro e mistérios.
Forte feito nossa Chapada
donde nasce o dia irradiando
um pouco de cada um de nós
Forte feitos nossos gigantes que existem sim
e sopram a cada dia de lá pra cá
Deixando contente o que dantes era triste
E seu sopro se ensurdece
na Serra do Horto em reverência ao nosso Santo
E trazem acalanto sob o céu inda azul
Forte feito a feitura de si
Do verde terno de gigantes
Que tem o nome de Chapada
E abraça o nosso CARIRI!
Motta, R em Doze de 6 de Um Tal de Vinte e Vinte e Um.
- Autor: Soldadinho do ARA-ARI-PE (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de junho de 2022 10:41
- Comentário do autor sobre o poema: Um verso singelo em homenagem ao nosso Cariri e suas terras. Entre elas a rica cidade de AurOra com as Minas do Coxá. Famosas não apenas pelos minérios que até hoje se escondem no seu subsolo e protegidas por um serrote íngreme e belo rodeado de caatinga densa, as minas do Coxá de Aurora ao que parece, ainda constituem um grande mistério. Tais minas foram denominadas de “Jazida cuprífera Zaíra” numa referência à filha do engenheiro de minas francês, o conde Adolfo Van de Brule(amigo do médico bahiano Floro Bartolomeu conhecido na Bahia por volta de 1905) que pela primeira vez ventilou com a possibilidade de haver ouro, cobre e outros minérios naquelas terras distantes de tudo, quase inóspitas do Coxá da Aurora. Adendo após pesquisa de texto de autoria do Prof. José Cícero -Pesquisador do Cangaço, Aurora - CE.
- Categoria: Não classificado
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